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sábado, 30 de abril de 2011

Agora Inês é morta


Inês de Castro (1320 ou 1325 - 7 de Janeiro de 1355), uma nobre castelhana, foi amante e talvez esposa do futuro Pedro I de Portugal, tendo sido executada às ordens do pai deste, Afonso IV.

Inês de Castro era filha ilegítima de Pedro Fernandes de Castro e uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de Sancho IV de Castela era um dos fidalgos mais poderosos de Castela. Inês era portanto prima em 3º grau de Pedro (cuja mãe, Beatriz de Castela, era filha de Sancho IV).

Inês de Castro chegou a Portugal em 1340, integrada como aia no séquito de Constança Manuel, filha de João Manuel de Castela, um poderoso nobre descendente da Casa real Castelhana, que iria casar com o príncipe Pedro, herdeiro do trono Português. O príncipe apaixonou-se por Inês pouco tempo depois, negligenciando a mulher legítima, Constança, e pondo em perigo as débeis relações com Castela. Tentando separar Pedro e Inês, Constança convida Inês como madrinha do seu primeiro filho varão, o Infante Luís (1343), já que de acordo com os preceitos da Igreja Católica de então, uma relação entre um dos padrinhos e um dos pais do baptisando era quase incestuosa. A criança não durou um ano, o que fez aumentar as desconfianças em relação a Inês de Castro.

Sendo o romance adúltero vivido às caras, o rei Afonso IV (que havia promulgado leis contra este tipo de situações) manda exilar Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira espanhola, em 1344. No entanto, a distância não apagou o amor entre os dois apaixonados e, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência. Em Outubro do ano seguinte, Constança morre ao dar à luz o futuro Fernando I de Portugal, deixando Pedro viúvo e um homem livre. Inês volta do exílio e os dois foram viver juntos para longe da corte, tendo tido quatro filhos: Afonso (morto em criança), João, Dinis e Beatriz.

Afonso IV tentou por diversas vezes organizar um terceiro casamento para o seu filho, com princesa de sangue real, mas Pedro recusa tomar outra mulher que não Inês. O velho Rei receava a influência da família de Inês, os poderosos Castro, no seu filho e herdeiro; além disso, o único filho varão de Pedro e Constança Manuel, Fernando, era uma criança frágil, e crescia a insegurança em relação à sua vida para que um dos saudáveis filhos de Inês de Castro pudesse ocupar o trono. A nobreza portuguesa também começava a inquietar-se com a crescente influência castelhana sobre o futuro rei.

O rei Afonso IV decidiu então que a melhor solução seria eliminar Inês. Depois de alguns anos no Norte, Pedro e Inês haviam regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara. A 7 de Janeiro de 1355, o rei cede às pressões dos seus conselheiros, e aproveitando a ausência de Pedro numa excursão de caça, envia Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para executar Inês. Os três dirigiram-se ao Mosteiro de Santa Clara em Coimbra, onde Inês se encontrava e a degolaram-na. Tal facto, segundo a lenda, terá originado a cor avermelhada das águas que correm nesse local da Quinta das Lágrimas. A morte de Inês fez com que Pedro para se revoltasse contra Afonso IV, que responsabilizou pela morte e provocou uma sangrenta guerra civil. A Rainha Beatriz interveio e após meses de luta, a paz foi selada em Agosto de 1355.

Pedro tornou-se o oitavo rei de Portugal em 1357. Em Junho de 1360 faz a famosa declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se havia casado secretamente com Inês, em 1354 "...em dia que não se lembrava...". A palavra do rei, e de seu capelão foram a única prova deste casamento. Pedro perseguiu os assasinos de Inês, que tinham fugido para Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados (segundo a lenda, o Rei mando arrancar a um o coração pelo peito e ao outro pelas costas, e assistiu à execução enquanto se banquetava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para França, e foi mais tarde perdoado pelo Rei no seu leito de morte.

Pedro mandou construir dois esplêndidos túmulos no mosteiro de Alcobaça, um para si e outro para onde trasladou os restos de sua amada Inês. A tétrica cerimônia do beija mão, tão vívida no imaginário popular, provavelmente foi inserida nas narrativas do final do século XVI, depois de Camões escrever em seu Canto III, a tragédia da Linda Inês. Pedro juntou-se a Inês em 1367, e os restos de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo a lenta "possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final".

Inês de Castro tornou-se conhecida ao ter a sua história lembrada por Camões no Canto III d' Os Lusíadas, onde faz referência à «...mísera e mesquinha, que depois de ser morta foi rainha...». Foi amante e declarada postumamente esposa legítima de Pedro I de Portugal. A sua desventurada vida e controvertido casamento ainda faz com que historiadores se debrucem sobre o caso, procurando indícios se houve ou não um casamento.

Fonte(s): Wikipédia

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quero (Carlos Drummond de Andrade) - Uma ode ao amor

O lindo e eterno poema Quero é de Carlos Drummond de Andrade.
Uma ode ao amor.

Aqui recitados pelo inesquecível Paulo Autran.
Ouçam, leiam... e deliciem-se!



Quero
Carlos Drummond de Andrade

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

Então o cérebro cochila neurônios, enquanto estamos acordados?


Este é um assunto que me interessa deveras.
Tenho a tendência de dormir pouco. Não consigo mudar isso. É-me muito difícil.
Até tempo atrás não me preocupava com isso, mas depois de ouvir tantas pessoas reclamando disso e falando que só me prejudico...
Comecei a ler mais sobre o assunto e tento descobrir sobre algumas dúvidas minhas.
Provavelmente quem poderia me dar umas respostas seria o neurologista Miguel Nicolelis,

Eu me pergunto, por exemplo, se o cérebro precisa de um número x de horas de sono para reorganizar as informações, como é que ele faz quando a pessoa nunca fica dormindo as tantas horas de sono necessárias? Ele se adapta? 
Será que o cérebro se dá conta de que a pessoa não tem horário fixo para dormir e, tampouco, uma quantidade ideal de horas de sono e, portanto, ele deverá organizar as informações diárias naquele período em que ocorre o sono?

Além disso,   dizem que quem dorme menos ou pouco dorme, não consegue atingir a concentração necessária e, por conseguinte, haverá um menor aprendizado.

Esta notícia me dá uma grande luz. Creio que novos horizontes se descortinarão a partir destes estudos... ou melhor dizendo, também com estes estudos, pois existem outros ocorrendo em paralelo, haja vista, os que o Miguel Nicolelis está pesquisando.

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Pode parecer estranho, mas um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison mostrou que certas regiões do cérebro podem entrar em um estado de sono enquanto estamos acordados.
Simon Cataudo/Divulgação
Simon Cataudo/Divulgação
Pesquisa anterior já mostrou que falta de atenção é comparável com embriaguez
Isso acontece com células nervosas por um curto período de tempo e quando há um quadro de privação do sono. Até agora, acreditava-se que a privação do sono afetava todo o cérebro, mas as observações deste estudo mostraram que certas regiões permanecem alertas.
"Nós sabemos que quando estamos sonolentos nós cometemos erros, nossa atenção fica vaga e a vigilância diminui", disse Dr. Chiara Cirelli, professora de psiquiatria da Escola de Medicina e Saúde Pública. "Nós observamos em exames de eletroencefalogramas que mesmo enquanto acordados podemos passar por períodos curtos de "micro sono", explica a professora.
A pesquisa, que foi publicada na revista científica Nature, obteve estes resultados a partir da análise do cérebro de ratos. Para isso, os pesquisadores inseriram sondas em grupos específicos de neurônios. Depois de fazer com que os animais ficassem acordados por longos períodos, os cientistas comprovaram a partir dos dados das sondas que os ratos apresentavam áreas "adormecidas" apesar de estarem acordados e ativos. "Mesmo quando alguns neurônios foram "desligados", os resultados dos eletroencefalogramas indicaram que os ratos estava acordados", disse Cirelli.
Para saber como os animais se comportavam neste estado, os pesquisadores os desafiavam com tarefas básicas, como alcançar uma pastilha de açúcar com uma pata. Alguns ratos derrubaram as pastilhas e outros nem conseguiram alcançá-la, indicando que alguns neurônios encontravam-se "desativados".
"Este tipo de atividade ocorre em poucas células. Por exemplo, de 20 neurônios monitorados em um experimento, 18 permaneceram acordados. Em outros dois experimentos houve sinais de curtos períodos de sono alternados com períodos de silêncio", lembra Cirelli.
Como os pesquisadores aplicaram apenas tarefas que exigiam coordenação motora, eles concluíram que os neurônios afetados pelo período de sono estão localizados no córtex motor, nos lobos frontais do cérebro.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Images de la Commune de Paris de 1871..wmv


La Commune de Paris de 1871 illustrée par des cartes postales anciennes.

Não interessa que bicho você é.Quando amanhecer, corra!


Correndo com Antílopes e Comendo com os Leões

"Todos os dias de manhã, na África, o antílope desperta.
Ele sabe que terá de correr mais rápido que o mais rápido dos leões, para não ser morto.
Todos os dias, pela manhã, desperta o leão.
Ele sabe que terá de correr mais rápido que o antílope mais lento, para não morrer de fome.
Não interessa que bicho você é, se leão ou antílope.
Quando amanhece, é melhor começar a correr."
Provérbio africano, retirado do livro O Mundo é Plano

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Miguel Nicolelis: um pouco da entrevista dada à Revista Brasileiros


Miguel Nicolelis é tema de reportagem da Brasileiros que chegou às bancas neste fim de semana.
A revista dedica 16 páginas a Cidade do Cérebro, um centro de ensino de saúde e pesquisa de ponta, com 100 mil hectares, que o neurocientista está implantando em Macaíba, na Grande Natal (RN).
Na entrevista concedida ao repórter Ricardo Kotscho, Nicolelis revela que está perto de vencer seu maior desafio: fazer um paraplégico voltar a andar, movido por uma veste robótica comandada pelo cérebro.
“Se tudo der certo, um menino brasileiro que era quadriplégico até recentemente vai subir andando o túnel do Maracanã, junto com a Seleção Brasileira, para dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014, usando a atividade do cérebro para controlar a veste robótica”, escreve Kotscho.
Pois bem, é este cientista, várias vezes candidato ao Prêmio Nobel de Medicina, que o bedel Vicente Serejo tenta intimidar com notinhas asquerosas no “Jornal de Hoje”.
O que fez Nicolelis para atrair a sanha inquisitorial de Serejo? Criticou os coronéis e as oligarquias da Taba!

Seguem trechos da entrevista:
Brasileiros: Como você conseguiu mudar isso?
Miguel Nicolelis: À medida que a minha ciência foi explodindo e sendo reconhecido no mundo, as pessoas viram que eu não estava brincando. As coisas foram aparecendo, as construções, as escolas, os laboratórios, o centro de saúde. A mudança veio de fora para dentro. Quando a revista Scientific American publicou uma reportagem de capa, dizendo que o nosso projeto era um dos melhores modelos de ciência para o desenvolvimento do terceiro mundo, as coisas começaram a melhorar. Em 120 anos, foi a primeira vez que a revista publicou uma carta de um Presidente da República. O presidente Lula, o ministro da Educação, Fernando Haddad e eu assinamos uma carta dizendo que esse projeto era paradigma para um currículo de educação científica que beneficiará um milhão de crianças. Isso saiu como editorial da Scientific American, mas não foi publicado em lugar nenhum no Brasil. Saiu em todo lugar, saiu no México, saiu na Europa, foi um choque. De repente, tinha um projeto em Macaíba que era notícia no mundo inteiro, menos aqui.

Brasileiros: Quem você conseguiu convencer primeiro aqui no Brasil de que a ideia era boa?
MN: Primeiro foi o Lula, em 2003, 2004. Depois, eu convenci gente muito querida, como o Isaac Roitman, que é um cientista brasileiro famosíssimo. Eu o chamo de general Roitman. Nós criamos a “Coluna Roitman”, que era uma espécie de Coluna Prestes da ciência. Hoje, ele é aposentado, mas foi um dos grandes microbiologistas do Brasil. Quando trabalhava como secretário do Ministério da Ciência e Tecnologia, ele ouviu falar do projeto e me convidou para falar com o Roberto Amaral, que foi o primeiro ministro do setor e me tratou muito bem. Comecei a conseguir verbas iniciais do governo federal e recurso privados porque a minha promessa era a seguinte: para cada real que o governo brasileiro pusesse no projeto, eu sairia pelo mundo para conseguir pelo menos mais um real no exterior. Comecei a fazer contatos com brasileiros que moravam fora do País. Em 2005, quando eu me encontrei com a senhora Lily Safra, o projeto já existia, o instituto já existia.

Brasileiros: Como vc chegou a ela?
MN: Foi uma coisa louca. Eu recebi um telefonema, na Suíça, de um amigo em comum, um verdadeiro irmão israelense chamado Hidan Segueve, que falou do projeto para a senhora Safra. Um dia ela me liga, bem na hora em que eu estava descendo de um trem em Genebra. Ao ouvir o nome dela, tropecei no degrau do vagão, caí, rasguei minha calça. Sentei em um banco porque estava achando que era trote, e era ela. Fui convidado para visitá-la na sua casa em Londres. Dois dias depois, eu estava na casa dela apresentando o nosso projeto. Aí começou a pegar no breu. Por questões contratuais, eu não posso falar em valores, mas foi a maior doação privada da história da ciência brasileira até hoje.

Brasileiros: O senhor se lembra de alguma história emblemática desse início de implantação do projeto, algo que lhe deu a certeza de que estava no caminho certo e não poderia desistir?
MN: Quando a gente abriu a primeira escola em março de 2007, em Natal, nós trouxemos os maiores neurocientistas do mundo para conhecer o trabalho, veio até um prêmio Nobel. Uma menininha de Cidade da Esperança, que é o bairro onde fica a escola, me pegou no braço quando eu entrei na escola, e falou: “O senhor promete uma coisa para mim?”. Perguntei o que era e ela respondeu: “O senhor não vai embora daqui nunca, não é?”. Prometi para ela que nunca iria embora daqui. Os cientistas americanos olharam para mim e pediram para eu traduzir o que a menina tinha falado. Esses caras são gente de casca dura, mas não teve um que não marejou os olhos.


Professor Miguel Nicolelis: Palestra no Nobel e prêmio de U$ 3 milhões



Desde 1965, a Fundação Nobel realiza os Simpósios Nobel. Afora os prêmios anuais, são o evento mais importante da instituição. São dedicados às áreas da ciência onde avanços estão ocorrendo. Mais de uma centena já aconteceu.
O de 2011 acontecerá em Estocolmo, Suécia, de 26 a 29 de maio. Chama-se 3M:  Mente, Máquinas e Moléculas.
Terá duas novidades. Uma: será multidisciplinar, até 2010, era por áreas, Física, Química, Fisiologia ou Medicina. A outra: pela primeira vez, um cientista brasileiro estará entre os conferencistas convidados. É o neurocientista Miguel Nicolelis. Formado em Medicina pela USP, ele está há 22 anos nos Estados Unidos, onde é professor e pesquisador na Universidade Duke. É co-fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lilly Safra.
“A ideia do simpósio 3M surgiu da constatação do progresso espetacular nos dispositivos de interface cérebro-máquina, tocando as fronteiras entre Física e Medicina. Após a adição de moléculas de Química e extensão de todos os aspectos, chegamos ao  simpósio 3M”, explica Jonna Petterson, da Fundação Nobel, ao Viomundo. “Temas como base molecular da transmissão neural, redes neuronais, interfaces cérebro-máquina, cognição e neurodegeneração serão abordados por palestrantes das esferas de Física, Química e Fisiologia ou Medicina.”
A palestra de Miguel Nicolelis será no dia 27 de maio: Princípios da Fisiologia do conjunto de neurônios e como podem ser usados ​​para libertar o cérebro.
Nicolelis já ganhou 38 prêmios internacionais por suas pesquisas. Dois deles, em 2010, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos. Hoje cedo foi comunicado pelo mesmo NIH que ganhou mais um. Desta vez de U$ 3 milhões para pesquisar como as populações de neurônios (células do cérebro) usam o tempo para apresentar a informação. Em tempos de cortes de verbas nos EUA, uma façanha.

Leia aqui Ciência brasileira é tema da principal matéria da prestigiosa revista Science.
Leia aqui Nicolelis lança manifesto da ciência tropical: “Vai ditar a agenda mundial do século XXI
Leia aqui Nicolelis e a Comissão da Ciência do Futuro: Voz para todos os segmentos.

por Conceição Lemes
Fonte: http://bit.ly/eW7nWD 
 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Depois de tudo... algo com graça e leveza



Future Beyonce

Como capotei meu carro (com fotos)

Ops! Que barulho estranho é este?
- Oh, não! Saí da estrada...
- Eu adormeci ?!?!
Não dá tempo para perceber o que foi que aconteceu...
- Aaaaiii... o carro bateu na frente..sacooo! Bati o carro...
- Oh,não!! Oh,não! Estou virando...

Um forte impacto no chão... uma lacuna no tempo e no espaço... e eis que me percebo dentro de uma “valeta” e quase de cabeça para baixo... dentro de um carro que está com as rodas para cima.
Eu havia acabado de capotar com meu carro.

Vem a mente as cenas de filmes em que isso acontece e as pessoas não conseguem soltar o cinto de segurança e o carro pega fogo..
- Não... isso não! O carro pode pegar fogo. Cadê o cinto? (Estou apavorada).
Giro em torno de mim mesma e o localizo. Por sorte foi fácil soltá-lo. Observo que os limpadores de para-brisa estão ligados. Preciso desligar o motor, mas uma dúvida me assola: o que é melhor? Desligar ou não? E se ao desligar soltar uma faísca... O tanque está cheio de gasolina. Desligo! Ufa! Não deu nada ainda...
Ops! Estou lúcida... não sei se sinto dores... mas consigo pensar... tenho de sair daqui. A minha esquerda (ou algo assim) tem uma janela que está livre, mas está fechada...
- Cadê o botão para abrir a janela?
Procuro sem me dar conta que o carro está de cabeça para baixo e eu já não mais. Mexo na porta e... por que cargas d’água penso que o único jeito de abrir a porta é através dos botões que estão na porta do motorista, eu não sei... mas...
Escuto pessoas me chamando:
- Moça, está tudo bem? Tu estás bem?
Tenho que abrir essa janela.
- Cadê a minha porta... não consigo enxergar direito... está tudo amassado.
Mexo nas portas do jeito que consigo, olho para os lados e escuto as vozes me chamando novamente, agora bem nítidas... olho para a janela livre e... eis que está aberta.
- Eu abri isso?
Não sei, só sei que posso sair agora,.. mas não sem antes pegar a minha bolsa que vi virada aos meus pés. Afinal... poderei precisar de meus documentos e... se pegar fogo... e se alguém pegar o que está no carro...
Percebo algumas coisas no chão, que caíram da bolsa, outras que caíram do painel, como o telefone celular e as jogo dentro da bolsa...
Neste instante sinto uma dor forte no meu dedo polegar da mão direita e o percebo sangrando.
Ao me abaixar e erguer a cabeça percebi que algo estava doendo muito... era minha cabeça. Ao mesmo tempo percebi que havia um calor excessivo na testa. Eu havia batido a cabeça e sangrava muito.
Alcancei a minha bolsa para fora da janela e uma senhora a segurou, enquanto isso uns rapazes me puxavam... eu não tinha onde apoiar meus pés para fazer força para sair... deixei que me puxassem.

Alguém fala que precisam de algo para estancar o sangue. Descobrem lenços de papel em minha bolsa... vários lenços se vão... colorados... lenços colorados de sangue.
Deixam-me de pé... Tremo mais que vara  verde. Estou assustada. Falam comigo... não sei o que sinto... se dor, se medo, se... é pavor o que estou sentindo.
A minha cabeça dói demais...
Escuto uma mulher que diz que não me preocupasse, pois os bombeiros já deveriam estar chegando (como junta gente nessas horas!).
- Moça, tem mais alguém no carro? Essa foi a segunda frase que mais ouvi (a primeira foi como eu estava me sentindo). Que alívio sentia eu em responder:
- Não, não há mais ninguém no carro. Eu estava sozinha.
-Ah! Sim... a perna também dói... e penso: estou em estado de choque que nem sei se sinto dores... e se tiver “batido feio na perna”? Abaixo-me e não percebo nada, mas dói. Essa dor, hoje, é apenas um hematoma.
Percebo-me tremendo mais ainda... e dou-me conta que não havia olhado as pessoas... ergo meus olhos, da direita para a esquerda... olho as pessoas com um olhar de agradecimento... percebo-me tentando esboçar um sorriso... rostos jovens a minha frente, com exceção de dois que estavam mais ativos e eram mais velhos. Aliás, um deles era uma figura bem peculiar... Depois eu soube que o apelido dele era/é “Cabelo”.
Abaixo-me, pois minhas pernas não querem me sustentar... Apóiam-me e me levam até um local que tinha grama para que eu sente. Sento-me no chão.
Mil perguntas: De onde tu és? O que aconteceu? Como tu estás? Tens parentes aqui? Tens algum telefone? Queres ligar para alguém? Tem mais coisas no carro?
Eu não sabia o que pensar...
E agora?? Eu estava indo para uma reunião na cidade de Bento Gonçalves... faltavam uns 30min para o encontro marcado. Como avisar? Não tenho o número do telefone da guria guardado na minha agenda... Alguém pega o meu celular e diz que não tem sinal.
- Coisas no carro? Sim sim... tem, sim.
Uma máquina fotográfica que eu vi no chão, mas não peguei na saída. O senhor, que mais parecia um anjo ... não pela figura, mas pela prestatividade, o Cabelo, foi no carro e buscou a máquina e algo mais. Nova pergunta:  lembra de mais alguma coisa? – Sim.. do meu notebook.
Aí doeu... o meu note! Puutz! Terá sobrevivido a tudo isso? (já digo que sim, pois estou aqui, neste final de domingo, escrevendo essa história).
Diz o "anjo":
-Encontrei um controle..
E eu respondo:
 - Ah, sim! Tinha três...
E ele não sossegou, enquanto não encontrasse os três controles.
- Moça, tem umas moedas no chão (no teto, melhor dizendo)... mas está cheio de cacos de vidro. Queres que peguemos... a gente pega se tu quiseres?
Obviamente que não! Mas eles queriam ajudar de todas as formas possíveis.
Aí lembro que carregava, teoricamente bem acondicionadas, três garrafas de vinho no porta-malas. Lá foram eles (os dois senhores mais velhos) a buscar... e a procurar tudo que encontravam dentro do carro... eles conseguiam entrar pela janela...
Enquanto isso uma moça para ao meu lado, pede para que eu não abaixe a cabeça e faça pressão para tentar estancar o sangue da testa. O da mão já diminuía. Ela consegue sinal no celular e liga para os paramédicos relatando a situação e pede que eu aguarde, pois a ambulância já chegaria.
Nesse meio tempo, chega uma viatura da polícia e eles também questionam, mas pedem para que eu não me mexa, e não me preocupe com nada, pois o socorro está vindo.
Lembro-me da máquina fotográfica e, como não pude ver bem meu carro, peço ao policial que prontamente aceitou fazer umas fotos do carro.
Pego meu celular, pois precisava avisar alguém.
Quem? Meus pais,onde estava também minha filha?Não! Eles não. Quem? Percebo que tem um SMS no meu celular.
Um amigo (@cidcancer) havia escrito desejando-me boa viagem... respondo em 4 mensagens, na esperança de que ele pudesse me ajudar. ... lembro que meu polegar doía,mas eu precisava falar, precisava escrever.
- Acabei de capotar o carro.
- Pede para o @ochato ligar p/Bento... que não vou mais.
- Vou ao hospital, pois cortei a cabeça e a mão.
-Liga p/meus pais.
Às 15h30 mandei a ultima mensagem. Minutos que pareciam uma eternidade se passaram e nenhuma resposta.
Às 15h36 tento ligar para minha irmã que mora na cidade vizinha. Nada.
- E agora? Preciso fazer contato com alguém...
A minha volta escuto o pessoal  falando que tombei o carro. E escuto as interjeições de espanto quando chegam para ver o carro.
Concentro-me em avisar alguém.
Percebo que tenho acesso ao Twitter e, às 15h25min tuito:
"Tombei o carro”"
Consigo contato com minha irmã que me tranqüiliza e diz que irá ao local do acidente.
Lembro-me de ligar para o corretor do seguro que me faz mil perguntas e eu não consigo responder quase nenhuma...

Parênteses: acho que nunca vi tanta gente perguntando meu nome e minha idade.... acho que testavam meus reflexos... acho...Foi a 3ª pergunta feita com mais frequência. Fecha parênteses.

Um dos senhores, o Dalla Corte, pega o telefone e resolve “tudo” com o corretor de seguro. Deu a ele seu endereço, o telefone, etc...
Nunca vi tanta solidariedade. Todos queriam ajudar de alguma forma.
Chega a ambulância. Não, as ambulâncias, pois chegaram duas.
Colar especial, deita, fica quieta que a gente faz tudo, colocam-me na maca, carregam-me, verificam sinais disso, daquilo, pressão..  etc...
Eu preocupada, pois chegaria o guincho, etc.. O Sr. Dalla Corte e o “Cabelo” (Sr. Santa Rosa) me tranqüilizam dizendo para eu não me preocupar, pois eles não arredarão o pé de perto do meu carro, enquanto não levarem ele.
O tweet  fez com que o Afonso (@ochato) se desse conta do que tinha acontecido e ele foi  logo ligando para minha irmã, que falou já estar sabendo. Mas foi bom, pois ele poderia avisar a pessoa que eu não compareceria mais à reunião marcada.

Vamos embora para o hospital...
- Não! Minha bolsa!
- Ah, sim! Precisarás de teus documentos.
Ambulância, hospital... sem ninguém acompanhando na entrada... não é algo muito bom, não. Por sorte, logo depois chegou minha irmã que ficou comigo todo o tempo. Ufa! Bendita maninha Ivane!
O médico (outra história para contar) só olhou o corte na cabeça, perguntou se doía (minha cabeça doía demais), fechou o pequeno corte sem me dizer quantos pontos havia feito (somente um foi o suficiente. A batida foi forte, mas o corte pequeno, o suficiente para sangrar e não deixar hematoma). Após tomografia (quase implorada) fui liberada para vir para casa (de meus pais), e deveria ficar 12h em observação.

Enquanto aguardava a ambulância, perguntaram-me como tudo aconteceu e a única coisa que soube dizer é que eu devo ter adormecido.
Um senhor, que vinha atrás de mim, num carro com mais pessoas, diz que eu estava andando devagar, parecia que cada vez mais devagar, até que fui puxando o carro para à direita, sendo que ele achou e eu iria parar o carro, mas de repente tudo aconteceu... Provavelmente, ao me sentir fora da estrada, eu tenha pisado no acelerador, por isso o choque com a parte dianteira do carro tenha sido tão forte a ponto de fazer o carro capotar.
Isso tudo aconteceu há três dias. Foram dias nada agradáveis, a começar pelas horas a esperar, para ter certeza que nada de estranho fosse acontecer, pelas dores de cabeça que insistiam em se fazer presentes, pelos momentos que não saiam da cabeça... O que aconteceu? Como aconteceu? Por que aconteceu? Poderia ter sido evitado? E o que virá? Isso era atroz!

Tudo isso aconteceu no dia 21 de abril de 2011, às 15h.
Havia chegado na casa de meus pais, na Dolorata, distrito de Santa Tereza, em companhia de minha filha, afilhada, nossos dogs, por volta das 13h. Almocei muito bem, pois chegar na casa de meus pais... é sempre isso: come-se bem. Após o almoço tomei um banho quente, arrumei-me e parti para uma reunião que tinha na cidade de Bento Gonçalves, há 40 quilômetros de onde eu estava.
Menos de um quilômetro depois senti um sono estranho. Um peso na cabeça... uma leseira rara, diria eu. Pois não era sono sono... era algo mais. Pensei que uma cama naquela hora seria “dos deuses”. Lembrei também que muita gente vive falando que tem insônia. Pensei que daria a eles a receita infalível para sentir sono: comer bem e, em seguida, tomar um banho quente.
Esqueci disso tudo, pois a estrada de chão por onde eu trafegava estava necessitando bastante atenção. Após viajar 10 Km cheguei na cidade de Monte Belo do Sul e tuitei duas fotos. A partir daí a estrada seria toda asfaltada.
O sono se fez presente novamente. Abro a janela do motorista (atenção um), dou volume no som... e continuo. Num determinado ponto, a minha frente, tem um carro que anda bem lentamente. Ao passar por uma lombada ele diminui consideravelmente a velocidade do carro, fazendo com que eu reduza o meu para a segunda marcha. Observo que o carro atrás de mim não havia feito tamanha redução como o da frente. Logo em seguida a estrada teria um leve aclive. O carro a minha frente anda muito lentamente, até demais para a situação, mantenho a marcha em terceira e penso que não conseguirei ultrapassá-lo, pois não era permitido... “cristo, como anda devagaaaaar”. 
Isso é a última coisa que lembro, antes de perceber que estava saindo da estrada.
Eu não senti sono, não senti tontura, ... simplesmente senti  nada. Apaguei!
Quando percebi que estava fora da estrada... não vi nada a minha frente... aliás... só vi algo quando o carro parou. Se continuei de olhos fechados eu não sei. Sei que nada vi a não ser quando o carro parou.

O que eu posso dizer agora?

O SONO NOS VENCE!

Ele pode vir de forma tão silenciosa que nem conseguimos perceber. Eu estava bem. Eu havia dormido relativamente bem na noite anterior. Eu havia viajado 150 Km muito tranquilamente e sem nenhum resquício de sono.
Mas o sono me venceu. O sono me derrubou...não somente a mim,mas a meu carro também.

 Três coisas primordiais:
1)    Dormir o suficiente, dia após dia, e não somente vez por outra, pode ser o melhor que se pode fazer;
2)    Se sentir sono, tem de parar! Parar em algum lugar, caminhar, exercitar-se, conversar alto, ... se tiver acesso a água, molhar os pulsos, o rosto... Não, não basta bater no rosto, na cabeça!
3)    Use sempre o cinto de segurança, pois não fosse isso, eu não estaria contando essa história.

Eu farei isso? O terceiro é regra sine qua non para entrar no meu carro. O primeiro será sempre o mais difícil para mim. Quanto ao segundo... assim que conseguir o carro de volta... ou um novo... tenho medo que sentirei, pois parece-me, agora, que me faltará coragem, pois não sei o que poderá acontecer. Terei de observar bem mais meus sinais.

Por sorte não virei uma estatística triste do feriadão de Páscoa.

Como disse o Ser Santarosa:
- Tu tens santo?
- Heim?! (achei que perguntava se eu tinha alguma imagem de santo no carro).
- Se tu tens um santo agradece a ele, por que teres saído viva é muita sorte e, teres saído quase ilesa é um milagre.

Mais algumas fotos:




quinta-feira, 21 de abril de 2011

"vazio agudo ando meio cheio de tudo"



Pocket filme/09 - França - Mostra ArtMov
Prêmio Cliente Vivo - ART.MOV 2008
2° lugar na mostra mineira no Animará/2008
Video semifinalista do concurso adobe 2008.

Melancolia e solidão em haikai de Paulo Leminski.

"vazio
agudo
ando meio
cheio de tudo."

Direção, montagem, animação e edição de audio: Cristiane Fariah
conceitos, ilustrações, animação e montagem: Leonardo Arantes
Música: Anger salt (editada)de http://www.soundsnap.com/user/6098

quarta-feira, 20 de abril de 2011

lembra de mim



video poema para um paulo leminski com texto e singeleza de um paulo leminski.

"lembrem de mim
como de um
que ouvia a chuva
como quem assiste missa
como quem hesita, mestiça,
entre a pressa e a preguiça."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Solidariedade .... vem de dentro, não é forçada!


Solidariedade


A vida é vivida a partir de parâmetros. Configuramos e reconfiguramos valores e conceitos ao sabor das linhas desenhadas no caderno de nossa existência. A cristalina certeza de ontem é o hoje a opaca dúvida que nos atormenta. As lânguidas demonstrações e juras de amor que vão dormir acesas acordam cinzas langorosas de indiferenças. Porque o mundo gira e porque a vida treme, já não temos mais tanta certeza da certeza. A única certeza é a certeza de nossas dúvidas.

Na geografia dos eventos de nossa vida, com montanhas de alegrias em dias ensolarados ou vales de lágrimas com trovoentas chuvas, demoramos a aprender que de tudo a essência é o amor, em suas variadas incorporações. Dentre elas, a que hoje encontra luz sob o holofote do enredo da minha vida chama-se solidariedade.

A solidariedade é a certeza da presença de alguém, tomando chuva com você, ainda que nada ganhe com isso, só para fazer, pela conversa, o sangue continuar circulando e prolongar sua resistência. Solidário é companheiro de chuva.

A solidariedade é o preenchimento da expectativa de que o outro vai retribuir aqueles momentos em que você, calado ou brigando, prostrou-se na frente daquela batalha, porque acreditava em uma causa, a mesma causa de quem hoje com a mesma verve prostra-se ao seu lado. Solidário é companheiro de trincheira.

A solidariedade é aquela voz inaudível de defesa no meio da gritaria estridente de acusações. É a manifestação eloquente, ainda que silenciosa, da presença solidificante na sustentação em meio aos fortes ventos de tempestade criados por articulações maléficas dos que só se solidarizam para fazer o mal, o que não é solidariedade, mas cumplicidade. Solidário é companheiro de voz.

A solidariedade é espontânea. Vem por convicção e não por remorso. Solidariedade que não é espontânea cessa e titubeia na volta da primeira ameaça, recolhendo-se novamente, assustada, e indo para onde nunca deveria ter saído, no recôndito da tibieza. É uma ilusória gota d’água para quem está à morte com sede no deserto. Solidário é companheiro de sinceridade.

A solidariedade é atemporal e ubiquitária. Sua presença quando necessária chega viajando distâncias temporais e geográficas, assinadas por pessoas queridas distantes do presente, mas presentes no passado, distantes do olhar, mas próximas na retina afetiva. Solidário é companheiro da vida e de vida.

Tomar chuva na trincheira, gritar pelo outro até perder a voz por vontade própria, quando e onde estiver, a hora em que for preciso. Isso é ser solidário. A solidariedade é capacidade de fazer sólido quem de solidez necessita. Parece contraditório, mas cristal é a matéria-prima da solidariedade. Se trinca por hesitação nem mesmo o mais perfeito artesão, que é o tempo, é capaz de remover as estrias. Nem o tempo.

A vida é vivida a partir de parâmetros. Configuramos e reconfiguramos valores e conceitos ao sabor das linhas desenhadas no caderno de nossa existência. A solidariedade, sem dúvida, é amor. E do tipo mais nobre. Do tipo mais inesquecível. Do tipo mais admirável. Hoje eu sei.




Tsunami: De todos, este é o vídeo mais chocante. ATERRADOR!



We’ve seen a lot of footage of the tragic Japan tsunami, but this clip is the most horrifying yet. Entitled “South Sanriku — Tsunami seen from Shizugawa High School,” it’s shot from high ground, but toward the end of the video you can see panicked residents running for their lives.

Almost as dramatic as the video is its audio track, where even if you don’t speak Japanese, you can tell the people are expressing concern at the beginning, but by the end, their voices have reached a high level of panic and horror as they watch their homes washing away.

Shortly after the tsunami, one survivor called the oncoming deluge “a gigantic pile of garbage coming down the street.” That’s an apt description, as you can see an entire town reduced to a huge pile of watery debris in a matter of minutes. Shocking.

Como posso pegar meus sonhos, conectá-los a minha realidade, e fazer com que se realizem?



Uma incrível experiência tida pela Drª Jill Bolte Taylor

TED Talks Jill Bolte Taylor teve uma oportunidade de pesquisa que poucos cientistas cerebrais desejariam: ela sofreu um grave derrame, e observa enquanto suas funções de movimento, fala e autoconsciência entram em falência, uma a uma. Uma história incrível.

Como posso pegar meus sonhos, conectá-los a minha realidade, e fazer com que se realizem?
Para quem entende de computadores, o nosso hemisfério direito funciona como um processador paralelo, enquanto o nosso hemisfério esquerdo funciona como um processador serial.
O nosso hemisfério direito tem a ver com o momento atual. É sobre o "aqui e agora".
O nosso hemisfério direito pensa em figuras, e aprende cinestesicamente através do movimento do nosso corpo.
As informações, na forma de energia, fluem simultaneamente através de todos os nossos sistemas sensoriais, e depois explodem em uma enorme colagem do visual deste momento atual, do cheiro deste momento, do seu gosto, do seu sentimento e do seu som.
Sou um ser de energia conectado com a energia ao meu redor através da consciência do meu hemisfério direito.
Somos seres de energia conectados uns aos outros através da consciência dos nossos hemisférios direitos como uma família humana.É aqui, agora, somos irmãos e irmãs neste planeta, aqui, para fazer do mundo um lugar melhor.
E neste momentos somos perfeitos, somos completos e somos lindos.


Nosso hemisfério esquerdo é um lugar diferente. Nosso hemisfério esquerdo pensa linear e metodicamente. Nosso hemisfério esquerdo tema ver com o passado e com o futuro. Ele é projetado para pegar aquela enorme colagem do momento atual, e começar a selecionar detalhes, detalhes e mais detalhes sobre esses detalhes e depois categoriza e organiza toda aquela informação, associa com tudo no passado que já aprendemos, e projeta no futuro todas as nossas possibilidades.
E o nosso hemisfério esquerdo pensa em linguagem.
É aquela conversa cerebral contínua que conecta a mim e meu mundo interno com o meu mundo externo. É aquela voz q diz: "Lembre-se de comprar bananas quando estiver voltando para casa. Preciso delas pela manhã".

É a inteligência calculista que faz com que eu lembre quando tenho que lavar a louça. Mas talvez o mais importante seja que é aquela voz que diz: "Eu sou. Eu sou". E assim que o meu hemisfério esquerdo diz para mim: " Eu sou", fico separada.
Eu me transformo em um indivíduo sólido único, separado do fluxo de energia ao meu redor e separado de vocês.

Quem somos nós? 

Somos a força de vida do universo, com destreza manual e duas mentes cognitivas.E temos o poder de escolher, a cada momento, quem e como desejamos ser no mundo.

Acho que quanto mais tempo investimos escolhendo ir para o circuito profundo de paz interna do nosso hemisfério direito, mais paz vamos projetar no mundo, e mais pacífico o nosso planeta vai ser.

domingo, 17 de abril de 2011

E Viva a Variação Linguística (Recebi do @hapoesia)

Recebi um carinho.. pois é... um carinho em forma de texto, de um amigo que conheci via Twitter. O Marcos Lima (no Facebook e no Twitter

O texto (que reproduzo abaixo) foi-me deixado no Facebook.
E viva as Redes Sociais!!

Este texto foi postado por Beleza Interior, no FB, que é mantida pelo Carpinejar.

Tem-se falado muito no #Twitter sobre as características regionais deste Brazilsão, dentre elas as variações linguísticas.
Por exemplo, eu escrevo muito usando o tu, te, ti... tão comum aqui no Rio Grande do Sul, enquanto muitos dos que sigo (e me seguem) falam você.
Uso muito outras expressões bem gaúchas (Bah! é a mais comum), e outras mais tipicamente portoalegrenses, como "capaz", "pior", "findi" ...

Gostei do texto, por isso o reproduzo aqui. Vejam!


Se no Rio Grande do Sul o "pior" é concordar, o "capaz" é negar, mostrar contrariedade e até desconfiança com a questão.

- Foi na festa do Paulo no sábado?
- Capaz!

No Brasil, emprega-se o capaz como sinônimo de apto, disposto, adequado. É exatamente o contrário aqui, provando nosso talento oposicionista. Revela um deboche, um "nada a ver". O capaz diz ao interlocutor que ele "viajou", "exagerou", "perdeu a noção da realidade".

(um indício do comportamento autossuficiente no estado: o dicionário mais procurado nas escolas era o de Celso Pedro Luft, um gaúcho, em vez do tradicional Aurélio)

Em caso de ofensa com uma pergunta, o "capaz" é antecedido pelo "bem", resultando num cômico trenzinho de vogais:

- Está namorando o Paulo?
- Beeem capaaaz!

Mais um problema causado pelo desmatamento...


Rir é o melhor remédio...
É final de domingo, então uma pequena brincadeira... mas que pode nos fazer refletir sobre o que estamos fazendo com o nosso pedaço de chão.

Nutricionista lista os 10 piores alimentos para sua saúde



Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.

10º lugar: Sorvete

Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso.
9º lugar: Salgadinho de milho

De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios.
8º lugar: Pizza

Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.
7º lugar: Batata frita

Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.
6 lugar: Salgadinhos de batata

Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena.
5º lugar: Bacon

Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.
4º lugar: Cachorro-quente

Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal.
3º lugar: Donuts (Rosquinhas)

Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada.
2º lugar: Refrigerante

Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista.
Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas.
1º lugar: Refrigerante Diet

“Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte.
“Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”, conclui.

Sinfonia da Ciência - Ode ao Cérebro



Orquestras inteiras tocam dentro de nossas cabeças...

Charles Chaplin - O ultimo discurso de O grande ditador


O último discurso
de “O Grande Ditador”
            Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
            Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
            O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.  A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
            A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
            Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
            Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
            É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
            Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!

Como terminar um namoro

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Todos os fogos ... o fogo – queimam nossos ouvidos


A barbárie é hoje. E não estou falando do massacre de Realengo ou de outros casos que têm sido noticiados de crianças e adolescentes com armas nas escolas. Isso tudo é muito óbvio, ainda que igualmente bárbaro. Falo da barbárie que grita em silêncio. Ou melhor: da barbárie que grita bem alto, mas nossos ouvidos estão tampados por mãos alheias, e ouvir o grito desesperado é difícil.
As mãos que tapam nossos ouvidos estão nas extremidades de tentáculos múltiplos, os tentáculos dos conglomerados de mídia, que impedem a democratização da comunicação, a pluralidade de informações e enfoques, o direito à expressão. Nesse silêncio imposto, pouco podemos falar e menos ainda podemos ouvir. A sociedade está coberta por um grande tampão criado pelo domínio da comunicação por meia dúzia de famílias. Famílias essas aliadas às elites econômicas e políticas nacionais e internacionais, que brigam diariamente para ter apenas para elas o direito à voz e o poder de decisão sobre o que os brasileiros podem escutar.



















Como pode ser ouvido, então, alguém que não pode nem morar? Alguém descartado pela sociedade, alguém para quem todos viram o rosto, alguém que os outros não querem enxergar, quanto mais ouvir.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O verdadeiro significado de uma cutucada no Facebook




Adaptado do Impersonals.net mas com ideias abrasileiradas:
Se uma das pessoas em questão for um anão, a cutucada sempre terá uma conotação sexual.
Não importa o que ele estiver pensando, atacará com uma cutucada direta no saco.

Fonte: http://bit.ly/h83VxE
Dica: @interney

Psicologia inversa en su estado mas puro



-Si!
-No!
-Si!
-Si!
-No!
Sempre é possível aprender...

Aurora Boreal vista de avisão q ia de SF to Paris in Two Minutes



Staff Pick from the Web: This is the coolest thing we've seen today. This time-lapse video of a flight from San Francisco to Paris is made up of 2,459 pictures in just two minutes. Get ready for a breathtaking view from above, bright green auroras, and an awesome soundtrack.

shot a photo roughly every two miles between take-off in San Francisco and landing in Paris